financiar casa

Devo ter receio ao financiar minha casa?

Financiar uma casa é uma saída que muitos brasileiros encontram para realizar o tão sonhado objetivo de ter uma residência própria. No entanto, esse tipo de serviço ainda causa certo nível de desconfiança na mente das pessoas.

Sabemos que existem muitas informações sobre o assunto, porém, faltam materiais mostrando as reais vantagens, bem como os procedimentos envolvidos em um financiamento com intuito de comprar uma casa.

O nosso objetivo com este artigo é desmistificar, de uma vez por todas, esse processo. Ao final dele você terá a plena certeza de que financiar uma casa é uma excelente alternativa.

Para tal, vamos esclarecer o que significa financiar uma casa, quais são seus benefícios, como funciona esse processo, quais são as 9 dúvidas mais recorrentes, tipos de financiamento existentes, documentos necessários e quais são as dicas para escolher o banco ou instituição financeira para o processo. Continue a leitura e confira!

Saiba o que significa financiar a casa

O financiamento de uma casa, assim como outras modalidades, consiste em um processo em que o bem adquirido — no caso, a residência — fica alienado ao banco ou instituição financeira que concedeu os recursos até o instante em que todas as parcelas sejam quitadas.

Durante o período de curso do financiamento, o imóvel recebe o gravame, um termo jurídico que serve para indicar que determinado bem não pode ser vendido ou oferecido como garantia em qualquer outra espécie de contrato de empréstimos, financiamento ou qualquer tipo de alienação.

Ao término do parcelamento, o imóvel é liberado e pode ser oferecido à venda ou qualquer tipo de operação, inclusive um novo financiamento. Esse tipo de procedimento por parte dos bancos oferece um risco menor, pois existe a possibilidade de o bem ser requerido caso o financiamento não seja pago.

Consequentemente, os juros decorrentes desse tipo de financiamento são consideravelmente menores que em outros, como em consórcios. Resumidamente, o banco compra uma casa para você à vista, e você recompra a casa do banco em parcelas que podem durar 10, 20 ou 30 anos. Os valores das parcelas correspondem ao valor total do imóvel, dividido pelo número de parcelas com o acréscimo de uma taxa de juros.

Veja quais são os benefícios para quem financia a casa

Financiar uma casa, além de ser o meio mais prático e rápido de adquirir o próprio imóvel, também proporciona uma série de benefícios ao seu titular.

Podemos afirmar, sem a menor dúvida, que a principal vantagem de financiar uma casa é a taxa de juros cobrada que, nesses casos, é consideravelmente baixa. Até mesmo as outras modalidades de financiamento, como o veicular, oferecem juros maiores que esse tipo.

Outra grande vantagem são os prazos. Algumas instituições oferecem até 35 anos para que o proprietário realize o pagamento e, além disso, as taxas de juros são variáveis de acordo com o prazo. Apesar de aumentarem, não impactam tanto quanto em outras modalidades de financiamento.

Também é uma grande vantagem o fato de sair de uma vez por todas do aluguel. Existem pessoas que afirmam que é melhor morar em um imóvel de terceiros e pagar uma mensalidade ao proprietário do que ter a sua própria casa.

No entanto, sabemos que uma minoria da população pensa assim. Todos têm um desejo ardente de ter a sua própria residência, um local onde você poderá construir a sua vida da forma que achar melhor, sem depender de anuências ou da vontade de terceiros.

Outra vantagem é que não há descapitalização, aumentando sua margem de segurança. Por exemplo, ao comprar um imóvel à vista, você está abrindo mão de anos de economia e esforço. Muitas vezes, é mais vantajoso investir o dinheiro e comprar um imóvel financiado.

Por último, vamos mencionar a possibilidade de utilizar o imóvel imediatamente. Ou seja, escolhida a casa e aprovado o financiamento, o proprietário já pode fazer as malas e arrumar o carro de mudanças para habitar em sua nova propriedade e, assim, começar a usufruir de todos os benefícios e alegrias que ela pode proporcionar.

Entenda como funciona o financiamento de uma casa

Como mencionamos no início deste artigo, a falta de informação é o principal motivo que ainda deixa algumas pessoas com medo de contratar esse tipo de crédito. Sendo assim, para financiar uma casa, você terá de conhecer alguns elementos que compõem esse procedimento.

Conheça as 9 maiores dúvidas sobre financiar uma casa

Agora que você já tem conhecimento sobre os principais conceitos sobre o financiamento de uma casa, seus benefícios e como ele funciona, vamos falar sobre as 9 maiores dúvidas existentes sobre o financiamento residencial. Acompanhe!

É possível financiar 100% do imóvel?

Na atual conjectura do mercado imobiliário, infelizmente, não é possível financiar um imóvel em até 100% de seu valor. É necessário que, pelo menos, 10% do valor do imóvel seja dado de entrada. Entretanto, lembre-se de que esse é o mínimo e ele pode variar para mais de acordo com a instituição financeira.

Entretanto, há como requerer o financiamento para esse 10% em programas como o Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal. O valor varia de acordo com as faixas, sendo de R$ 47.500 para a faixa 1,5 e de R$ 29.000 para a faixa 2. Esse programa atende famílias cuja a renda familiar mensal seja de R$ 9.000 e oferece baixas taxas de juros de 9,16% ao ano, porém, pode variar conforme a faixa de renda.

Como é calculado o valor das prestações e prazo?

As prestações são calculadas de acordo com as incumbências principais, que são compostas das taxas de juros mensais e as parcelas, além de outros elementos como os seguros de morte e invalidez, danos ao imóvel, taxas administrativas etc.

Esse cálculo pode variar de acordo com as tabelas de amortiza��ão de dívidas escolhida, conforme explicaremos de forma mais detalhada mais à frente.

Quando as prestações devem ser pagas?

As parcelas devem ser pagas todo mês, até uma data limite preestabelecida. O início do pagamento das parcelas também varia de acordo com cada contrato, mas o comum é que se inicie a partir do fechamento do financiamento imobiliário.

É possível utilizar o FGTS?

É possível utilizar parte do seu Fundo de Garantia por Tempo de Serviço para amortizar parte das parcelas do financiamento do imóvel, embora essa decisão deva ser tomada com bastante cautela. Lembre-se de que o recurso foi criado para casos emergenciais, como problemas de saúde e desemprego. Entretanto, com bastante planejamento, é possível conciliar ambos.

Alguns detalhes devem ser levados em consideração ao pensar em requerer o recurso do FGTS para financiamento de um imóvel. A primeira delas é que você deve ter contribuído no mínimo 36 meses para o fundo, mesmo que o recurso tenha vida de empregadores diferentes.

É possível fazer o financiamento com ‘nome sujo’?

Sim, mas a aprovação do cadastro torna-se mais difícil. Além disso, é necessário negociar diretamente com o vendedor, e não com o banco. Isso porque, quando a requisição do financiamento é feita para instituições financeiras, é quase impossível aprová-lo em caso de nome sujo.

Qual deve o ser o valor de entrada?

Essa questão é subjetiva e a escolha do valor de entrada deve atender às suas necessidades e realidade financeira. Dar um valor considerável de entrada é bom para reduzir o preço das parcelas e a taxa de juros cobrada no financiamento. Entretanto, há a desvantagem da descapitalização. Contudo, recomenda-se que o valor da parcela não ultrapasse 30% do orçamento familiar, logo, a entrada deve ser quantificada pensando nisso.

Quais as melhores formas de financiamento? Tabela Price ou SAC?

Não há financiamento melhor que o outro, mas, sim, financiamentos diferentes que oferecem vantagens e desvantagens entre si. A decisão é subjetiva e varia de acordo com a realidade de cada um. Na Tabela Price, paga-se um juro maior e o valor das parcelas tende a aumentar com o tempo. Já pelo SAC, os juros são menores e as parcelas tendem a ficar mais baratas. Entretanto, o valor inicial da parcela é mais alto.

É possível fazer a candidatura ao financiamento sem contracheque formal?

Sim, você pode. Mas, para isso, o trabalhador autônomo precisa conseguir provar sua fonte de renda. Em caso de ausência de holerite ou contracheque, o profissional independente deve demonstrar seus ganhos por meio de contrato de prestação de serviços ou, até mesmo, pró-labores.

Após essa etapa, as regras passam a ser as mesmas que exigidas para um trabalhador em regime de CLT, isto é, CPF, RG, certidão de casamento — se for o caso. Após a entrega dos documentos, o comprador passa por uma análise de crédito, e caso seja aprovado, o financiamento é liberado.

Os seguros do financiamento imobiliário são obrigatórios?

Você é obrigado a pagar pelos seguros de morte e invalidez e danos físicos ao imóvel. Esses seguros servem para cobrir os custos em caso de óbito do comprador e também para aumentar a sua proteção, em caso de possíveis danos durante o período de financiamento do imóvel.

O valor dessas taxas é aferido seguindo critérios claros e objetivos, e que devem estar em contrato. Eles são calculados com base na taxa sobre o valor de avaliação do imóvel e, inclusive, nas taxas da apólice sobre o valor do financiamento do imóvel.

Quais os tipos de financiamento existentes?

Basicamente, existem duas modalidades de financiamento: o Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e o Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI). Não vamos adentrar nas diferenças entre eles neste artigo, mas o que você precisa saber é que a primeira opção é a mais escolhida.

Ela oferece diversos benefícios, dentre eles podemos mencionar:

  • a possibilidade de financiar imóveis com valor de até R$ 750.000;
  • o Custo Efetivo Total de, no máximo, 12% ao ano;
  • possibilidade de utilizar o FGTS como entrada.

Vale a pena lembrar que a entrada é algo substancialmente importante nesses processos, primeiramente pelo fato de as instituições financeiras liberarem apenas um percentual do valor total do imóvel para financiar que, nos casos do SFH, é de 80% do montante total do bem. Essa opção também ajuda a tornar os valores das parcelas mais baixos.

Selecione o banco ou instituição financeira

Quando se fala em financiamento imobiliário, as pessoas pensam imediatamente na Caixa Econômica Federal (CEF), e isso não é para menos, afinal, esse banco oferece uma das melhores taxas e condições de pagamento que existem nesse mercado, no entanto, ele não é a única instituição.

Existem outras empresas que operam as modalidades de crédito imobiliário e que são tão vantajosas quanto a CEF. Além disso, você pode buscar parcerias de imobiliárias com bancos em sua cidade. Nesses casos, geralmente se conseguem excelentes taxas de juros e condições de pagamento.

O importante é que você faça uma pesquisa e escolha a instituição que mais se encaixa com o seu perfil. Uma ótima ferramenta na atualidade é utilizar a própria internet para averiguar essas questões.

Junte os documentos necessários

Pode parecer bobagem, mas a parte de documentação é o que mais dificulta as pessoas de terem acesso às modalidades de financiamentos imobiliários, principalmente a comprovação de renda. Além dos documentos básicos de todos os envolvidos no procedimento de compra, como CPF, RG, Certidão de Nascimento ou Casamento — se for o caso — matrícula do imóvel na prefeitura e certidão negativa emitida pelo órgão, será exigida a comprovação de renda do adquirente.

Nesse ponto, muitas pessoas falham, principalmente aquelas que têm várias fontes de renda. Assim, recomendamos que você deposite, em uma mesma conta bancária, todos os ganhos obtidos em um mês. Dessa forma, por meio do extrato bancário, você comprovará os seus rendimentos mensais.

Algumas instituições financeiras não aceitam declarações de renda e a famosa Declaração Comprobatório de Percepção de Rendimentos (DECORE), emitida pelos contadores, uma vez que existiam muitas fraudes nesses tipos de documentos e os bancos acharam por bem não os aceitar como comprovante de renda, até mesmo para proteger as finanças dos potenciais adquirentes.

Sendo assim, o sonho da casa própria está presente na vida de muitas famílias brasileiras. Para realizar esse sonho, muitos optam por financiar uma casa, que conforme mostramos, é uma excelente alternativa. Lembre-se de anotar as suas dúvidas com atenção e requerer o financiamento municiado de informação, agilizando, assim, o seu processo.

Gostou deste artigo sobre financiar uma casa? Agora que você já sanou as suas dúvidas e está mais confiante para realizar esse procedimento, que tal conhecer mais sobre uma empresa especializada e com experiência nesse mercado? Então entre em contato conosco e tenha acesso a mais informações!

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