linha de crédito

Veja 5 principais linhas de crédito para financiamento de imóveis

Nem sempre é possível adquirir um imóvel à vista, mesmo que seja a forma ideal de aquisição. Por isso, existem diversos formatos de financiamento imobiliário oferecidos pelos bancos, e cada uma das linhas de crédito enquadram-se em diferentes possibilidades e características dos compradores.

Como todas as linhas exigem documentação e um processo de análise de crédito, é interessante conhecê-las antes mesmo de fazer uma escolha. Isso evita que o comprador perca tempo e fique frustrado buscando sua realização.

Então, conheça agora alguns detalhes de 5 dessas linhas de crédito.

1. Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE)

É por meio desse sistema que as instituições financeiras oferecem o crédito imobiliário com recursos que levantam com a poupança de seus correntistas. Conforme as regras do Conselho Monetário Nacional, as instituições têm direito a utilizar até 65% do montante que seus clientes têm em poupanças para financiar compras de imóveis.

Veja abaixo as possibilidades para os financiados:

  • compra de imóveis novos ou usados entre R$ 216 mil e R$ 950 mil;
  • financiamento de até 70% do valor do bem;
  • funcionários públicos podem financiar até 80% de imóveis novos e 90% de usados;
  • financiamento em até 35 anos;
  • taxas de juros mais baixas em comparação com as demais linhas.

2. Sistema Financeiro Imobiliário (SFI)

Diferentemente de outras modalidades de financiamento, o SFI não tem um valor limite para o empréstimo. Além disso, o valor que as instituições financiam nessa linha são próprios, não vindo da poupança de correntistas ou do Fundo de Garantia.

Por isso, as taxas do SFI são mais altas que os juros das demais modalidades, já que os bancos correm mais riscos nesses financiamentos. Também por isso os imóveis financiados via SFI ficam alienados, como garantias, até que os compradores os quitem completamente.

Existe ainda o Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que diferencia-se do SFI em pontos cruciais, como:

  • permite que as instituições financiem as operações com valores do FGTS;
  • apresenta juros menores pelo menor risco associado às instituições financeiras;
  • apresenta taxas de juros menores;
  • limita os valores dos imóveis que podem ser adquiridos.

3. Operação Imóveis na Planta

Essa linha de crédito é uma exclusividade do Bradesco. Nela, o banco financia até 80% do valor de imóveis a serem construídos e que custem entre R$ 80 mil e R$ 300 mil.

Primeiramente a construtora firma um negócio com o banco, que processa os financiamentos com os compradores. Depois, assim que 70% dos imóveis de um projeto são vendidos, o Bradesco começa a liberar os valores à construtora para que utilize na realização do projeto. Quando isso ocorre, a responsável pela construção tem o prazo de dois anos para entregar as propriedades, período no qual os compradores pagam ao banco apenas uma pequena taxa de juros de no máximo R$ 200 ao mês.

Após a entrega das unidades, os clientes do banco iniciam os pagamentos dos seus financiamentos de fato — com prazo máximo de 280 meses.

Em um primeiro momento não é preciso ser cliente do Bradesco para solicitar o crédito e entrar no processo de análise. Porém, a partir da aprovação e da entrada no programa, se torna obrigatório ser correntista do banco.

4. Minha Casa, Minha Vida

A linha de crédito imobiliário mais conhecida no país é oferecida em operações do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal e conta com várias regras para adesão. Além das diretrizes gerais, existem aquelas específicas às faixas de renda.

Recentemente, em 2019, houve mudanças em algumas regras, principalmente nas faixas de renda e condições para cada uma delas, o que veremos agora.

Regras para a faixa 1,5:

  • renda mensal de até R$ 2.600;
  • financiamento apenas de imóvel novo;
  • juros de até 5% ao ano;
  • financiamento de imóvel com valor entre R$ 128 mil e R$ 144 mil, dependendo da região;
  • possibilidade de obter subsídios entre R$ 11.610 e R$ 47.500.

Regras para a faixa 2:

  • renda mensal de até R$ 2.600, R$ 3 mil ou R$ 4 mil;
  • financiamento de imóvel novo ou usado;
  • juros de até 5,5%, 6% ou 7% ao ano;
  • financiamento de imóvel com valor entre R$ 190 mil e R$ 240 mil;
  • possibilidade de obter subsídios entre R$ 11.600 e R$ 29 mil.

Regras para a faixa 3:

  • renda mensal de até R$ 7 mil;
  • financiamento de imóvel novo ou usado;
  • juros de até 8,16% ao ano;
  • financiamento de imóvel com valor entre R$ 190 mil e R$ 240 mil;
  • possibilidade de obter subsídios entre R$ 11.600 e R$ 29 mil.

5. Pró-cotista

Oferecida também pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco do Brasil apenas, a linha Pró-cotista financia imóveis de até R$ 950 mil São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal. Nos demais estados o teto fica em R$ 800 mil.

Para poder aderir ao programa o comprador deve ter pelo menos 10% do valor do imóvel novo ou usado pretendido no seu Fundo de Garantia ou ter no mínimo 36 meses de trabalho sob o regime do FGTS.

A Caixa financia pela linha até 80% do valor dos imóveis e oferece taxas de juros de cerca de 9% ao ano. O Banco do Brasil conta com as mesmas taxas e garante até 80% de uma unidade nova, mas somente 70% da compra de um imóvel usado. Para pagamento do crédito, o prazo máximo é de 30 anos em ambas as instituições.

A importância de simular as linhas de crédito

Após a escolha das linhas pretendidas é importante realizar simulações para saber o custo efetivo das operações e comparar condições. Isso ajuda o comprador a tomar uma decisão mais positiva e adequada às suas condições, necessidades e desejos.

Por exemplo, determinada linha de crédito pode até apresentar uma prestação mensal mais alta, mas pode ter um custo final menor por conta de ter menos juros e prazo mais baixo de quitação. No fim, nesse caso, uma economia seria feita e a quitação do bem seria adiantada, duas condições que os compradores sempre buscam.

Depois da contratação — e antes da mudança de fato — outros processos ainda são necessários para que o imóvel esteja regularizado e pronto para uso definitivo. E um deles é a averbação do imóvel, obrigatória para qualquer casa ou apartamento. Então, saiba o que é a averbação para evitar surpresas e transtornos antes da ocupação do imóvel.

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