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IGP-M no reajuste do aluguel

IGP-M no reajuste do aluguel: como eles se relacionam?

Se você é inquilino em um imóvel, temos certeza que viu lá no início em seu contrato sobre a influência do IGP-M no reajuste do aluguel. Provavelmente você também já leu sobre essa sigla antes e sabe o poder que esse índice possui na inflação e em reajustes no geral.

Mas você sabe exatamente o que significa IGP-M e de que forma ele estabelece esse paralelo no nosso cotidiano e de nossas contas? É o que vamos explicar para você nesse artigo. Continue lendo e descubra!

Afinal, o que significa IGP-M?

A sigla IGP-M significa “Índice Geral de Preços do Mercado”. Como o próprio nome diz, o índice mede a inflação de vários serviços e produtos do mercado. Como não poderia deixar de ser, ele também é o principal influenciador dos reajustes nos contratos de aluguel.

É padrão que conste em contrato no início da locação que este índice será o medidor do reajuste anual do valor de aluguel de um imóvel, ou seja: o IGP-M tem grande participação no aumento do aluguel quando este acontece.

Em alguns casos, outros índices também são utilizados como base desse reajuste. São eles:

IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo. É calculado pelo IBGE e leva em conta o custo de vida de famílias de 1 a 40 salários mínimos. Também é utilizado pelo Banco Central para definir a meta de inflação;

INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor. É apurado pelo IBGE e se nivela em níveis mais baixos que o IPCA: se baseia nos gastos das famílias que recebem de 1 a 5 salários mínimos;

IPC – Índice de Preços ao Consumidor. É apurado pela Fundação Getúlio Vargas e se baseia nas despesas habituais de famílias com nível de renda estabelecido entre 1 e 33 salários mínimos ao mês. Essa pesquisa acontece diariamente em sete das principais capitais do país.

Como o IGP-M é calculado?

O IGP-M é calculado mensalmente pelo IBRE (Instituto Brasileiro de Economia) e divulgado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). Ele tem como base a média ponderada de três índices de preços:

– Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), que equivale ao valor da produção de bens agropecuários e industriais no setor de atacado e representa 60% do peso do cálculo final do IGP-M;

– Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M), que equivale ao valor adicionado pelo setor varejista aos serviços destinados às despesas e consumos de famílias e representa 30% do peso do cálculo final do IGPM;

– Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M), que equivale ao valor dos custos da indústria de construção civil e representa 10% do peso do cálculo final do IGP-M.

Esses dados para o cálculo são colhidos todo mês. O resultado é o percentual acumulado dos 12 meses anteriores a sua divulgação.

Como usar o IGP-M no reajuste do aluguel? Como é feito este cálculo?

O reajuste do aluguel só é feito em aniversários de contrato, ou seja: de ano em ano. Então se você acabou de entrar em um imóvel de aluguel, fique tranquilo! Não terá que se preocupar com isso até o próximo ano, quando seu contrato fizer aniversário. Caso o seu contrato esteja para fazer aniversário, anote as dicas e saiba como calcular seu reajuste!

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Como já foi explicado, para obter o resultado atual da porcentagem do IGP-M, é preciso pegar o valor divulgado pelo FGV naquele mês e somar ao acumulado dos últimos 12 meses. Exemplo:

Considere que o acumulado do último ano é 10%. Se o resultado do IGP-M do mês X for 3,74%, soma-se ao total já calculado até o momento, dando um resultado de 13,74%. Esse é o valor que será usado para o seu reajuste.

Usando esse mesmo exemplo, para um imóvel cujo aluguel é R$1450,00, multiplica-se pelo IGP-M total acumulado até então. Sendo assim:

R$1450,00 + 13,74% = R$1649,23 e esse será o valor reajustado do seu contrato.

A que se deve a variação do IGP-M?

A variação do IGP-M é muito questionada quando vamos falar sobre esse assunto, afinal, no mesmo momento em que ele está baixo, pode também aumentar consideravelmente. Um exemplo disso foram os valores de 2019 e 2020.

A pandemia fez com que o índice fosse nas alturas se compararmos os dois anos e você pode conferir isso nos gráficos abaixo:

IGP-M no reajuste do aluguel
IGP-M 2019
IGP-M no reajuste do aluguel
IGP-M 2020

 Fonte das informações: FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Como explicamos no início do artigo, o IGP-M sofre influência de mais três índices: IPA-M (60%), IPC-M (30%) e INCC-M (10%) e sempre que eles sofrem aumentos, o IGP-M com certeza será afetado, e assim por diante.

Por isso é importante que a gente fique sempre atento aos índices de juros e nas notícias sobre o assunto!

Meu aluguel ficou muito caro, e agora?

Caso o reajuste do seu aluguel tenha ficado muito acima do que você consiga pagar, é interessante tentar uma conversa com a imobiliária responsável pelo seu contrato. Muitos proprietários acabam sendo flexíveis em relação ao problema e chegando em um consenso para ajudar o inquilino.

Mas no momento desse acordo, lembre-se que o reajuste anual do IGP-M consta em contrato, independente do seu aumento. Muitas pessoas confundem essa mudança com cobrança de aluguel abusivo, o que não é o caso.

Portanto, tenha em mente que aceitar o acordo é uma opção para o locador e não uma obrigação, combinado? Converse com sua imobiliária para que ela possa intermediar essa conversa e chegar à melhor situação para ambos os lados.

Esperamos que tenhamos tirado todas as suas dúvidas sobre IGP-M no reajuste de aluguel! Se quiser saber mais novidades e ficar por dentro de tudo, é só nos procurar aqui nos comentários ou nas redes sociais da VPR Imóveis. Estamos sempre disponíveis para tirar as suas dúvidas sobre esse ou qualquer outro assunto do mercado!

Não deixe também de continuar navegando pelo nosso blog. Por aqui, falamos não só sobre o mercado imobiliário e Buritis, mas também te damos várias dicas sobre o dia a dia, arquitetura e mais.

Este post foi escrito pela equipe da VPR Imóveis em dezembro de 2020 e atualizado em julho de 2023.


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